Mercado de trabalho ainda é fonte de força para a economia americana
A folha de pagamentos dos setores não-agrícolas dos E.U.A. aumentou numa taxa mais alta do que o esperado em maio, adicionando 390.000 vagas de trabalhos. Apesar do ritmo de crescimento ter moderado, o mercado de trabalho no geral tem se mantido robusto, com uma taxa de desemprego baixa, de acordo com o Bureau of Labor Statistics.
O setor de lazer e hospitalidade conquistaram os maiores ganhos com 84.000 empregos, refletindo um aumento no gasto dos consumidores em serviços e turismo. A educação e os serviços de saúde também conquistaram grandes ganhos, como também o transporte e armazenagem. Notavelmente, serviços profissionais e de negócios viram um ganho de 75.000 vagas em maio – um indicador que a CONTI sempre procura, visto que a disponibilidade de empregos com salários mais altos no ramo profissional é um fator positivo para a demanda de ativos de apartamentos de luxo.
Enquanto isso, os empregos no varejo declinaram em 60.700 vagas, possivelmente devido em parte à queda das vendas em grandes lojas de varejo como Walmart e o alcance em declínio das lojas de eletrônicos e de suprimentos de escritórios. Enquanto os consumidores têm se mostrado dispostos a gastar mais em serviços e entretenimentos nos últimos meses, os gastos com mercadorias no geral têm sido menos animadores, de acordo com a análise feita pela CONTI dos dados do Censo.
O desemprego permaneceu estável em 3,6% para o mês, apesar do número de pessoas desempregadas por um longo período (27 semanas ou mais) ter declinado levemente. O desemprego a longo prazo ainda existe em números mais elevados hoje do que existiam logo antes da pandemia da COVID-19.
A CONTI prefere monitorar a taxa de participação da força de trabalho (LFPR), que serve como um indicador mais confiável da força do mercado de trabalho porque leva em conta ambos os empregados e os que estão ativamente à procura de um trabalho. Apesar de termos visto pequenas mudanças na taxa de LFPR neste mês, permanece um ponto percentual mais baixo do que estava antes da pandemia, demonstrando os efeitos duradouros de uma grande faixa de trabalhadores deixando o mercado de trabalho em meio à turbulência da pandemia.
O mercado de trabalho continua a ser um dos pilares mais fortes da economia americana, visto que os trabalhadores permanecem em alta demanda e os salários aumentaram. Apesar destas medidas não terem disparado de forma crescente na mesma velocidade vista em 2021, esta moderação é esperada considerando os esforços do Federal Reserve para acalmar a economia e controlar a inflação dos preços.