Vendas de novos imóveis caem drasticamente em junho
As vendas de novos imóveis single-home caíram significantemente em junho comparado ao mês anterior, provavelmente impulsionadas por um aumento acelerado nas taxas de financiamento que estão agravando os obstáculos financeiros para muitos compradores em potencial.
As vendas de novos imóveis single-family atingiram uma taxa anual ajustada sazonalmente de 590.000 imóveis em junho, uma queda maior que 8% da taxa de maio, de acordo com o U.S. Census e do Department of Housing and Urban Development. Este é o valor de vendas mais baixo desde abril de 2020, os meados da pandemia da COVID-19.
As vendas de casas usadas também declinaram pelo quinto mês seguido em junho, de acordo com a organização National Association of Realtors. O total de vendas de imóveis usados sofreu uma queda de 5,4% comparado ao mês anterior. Ano-a-ano, as vendas de imóveis usados declinaram 14,2%.
O valor mediano de venda de um imóvel caiu para $402.400 em junho, de $449.000 em maio. Ainda mais significante ao mercado imobiliário residencial, o inventário mensal de imóveis no mercado—uma medida-chave de oferta e demanda no mercado de imóveis—aumentou a oferta mensal para 9,3. Tipicamente, uma oferta mensal de inventário por volta de 6 ou 7 indica um mercado imobiliário residencial “em equilíbrio”. A oferta de imóveis novos não foi tão alta assim desde o final de 2010, de acordo com Forbes.
Este declínio acelerado nas vendas poderá facilmente ser atribuído às taxas de financiamento em ascensão, impulsionadas pelos aumentos agressivos das taxas de juros pelo Federal Reserve, num esforço para desaquecer a inflação. As taxas de financiamento com amortização em 30 anos subiram após atingir o valor baixo de 2,65% no início de janeiro de 2022, para mais de 5,5% atualmente, agravando os custos de aquisição de imóveis já escassos em acessibilidade e eliminando uma boa parte da população do mercado de compra de imóveis. Apesar das taxas de financiamentos não estarem tão elevadas assim comparadas aos valores médios históricos, a velocidade do aumento é sem precedentes.
Os economistas estão preocupados com o efeito da queda nas vendas de imóveis para a economia no geral. De acordo com a própria análise da CONTI Capital, a possibilidade de uma recessão aumentou, apesar de ainda permanecer uma possibilidade de que os E.U.A. poderão evitar uma recessão e ao invés disso, experimentar uma “aterrissagem suave” com crescimento econômico moderado. Ao examinar o mercado de imóveis residenciais, é importante notar que mesmo que os custos tenham começado a refrear as vendas de imóveis e a provocar a redução dos preços de casas, a demanda para casas ainda está muito forte, especialmente nos mercados do Sun Belt os quais monitoramos.
Para a população que poupou o valor de entrada mas encontra-se excluída do mercado atual de imóveis, uma unidade multifamily de alto padrão poderá ser um atrativo como uma opção mais acessível. Ou eles poderão decidir alugar um imóvel single-family, que pode oferecer muitos dos atrativos da compra de um imóvel, mas com um nível de obrigação e custo mais reduzidos. Este segmento da população tem maior poder de escolha dentre as diversas opções de propriedades de aluguel, comparado com o coorte de locatários-por-necessidade.
Mediante um ambiente macroeconômico turbulento, agitado ainda mais pela inflação e uma taxa de juros em ascensão, a CONTI permanece resoluta de que o mercado imobiliário multifamily está fortemente posicionado. Não somente o mercado imobiliário multifamily oferece uma proteção contra a inflação, mas os nossos profissionais de aquisição têm percebido que os aumentos de taxas de juros têm tido um maior impacto na expectativa dos preços do vendedor, ao invés do comprador.